Fidel: 86 anos de um admirável líder
Cuba, sob a liderança de Fidel, após a vitoriosa Revolução dos jovens barbudos, em 1º de janeiro de 1959, passou a ter um papel de destaque no cenário internacional, transformando-se em um símbolo de resistência ao imperialismo e ao domínio neocolonial.
A Revolução Cubana depois de 53 anos continua altaneira e o seu povo livre, isso incomoda ao império americano e as forças reacionárias, por esse motivo a permanente campanha midiática mentirosa contra Fidel e o regime cubano.
Fidel estar velhinho, completa este ano, no dia 13 de agosto, 86 anos de vida.
Ele superou nos últimos anos um grave problema de saúde. A sua saúde é precária, mesmo assim continuar lúcido, escrevendo as suas reflexões que são publicadas na imprensa cubana e, divulgada por diversos jornais e revistas pelo mundo afora.
Leio sempre esses artigos no jornal Granma, no Vermelho, na Revista Fórum, no Avente! ou ainda, em Pátria Latina. São reflexões sobre diversos temas, todas escritas com muito equilibro, de uma lucidez impressionante, consequencia de quem viveu grande parte do século 20 no topo das lideranças internacionais, convivendo com os mais poderosos lideres mundiais.
Mesmo sendo chefe de governo de um pequeno país da América Latina, Fidel sempre foi ouvido e admirado por centena de milhares de pessoas em todo o mundo. Em qualquer fórum internacional sua presença sempre foi uma atração, mesmo estando presente lideres das potências econômicas e políticas do mundo.
Apesar de um bloqueio econômico, imoral, que dura mais de 50 anos, a Revolução Cubana, conquistou para o seu povo condições dignas de vida, pobres mais dignas, com índices na educação, saúde, cultura e esporte de fazer inveja a países com muito mais condições econômicas e naturais do que a pequenina ilha caribenha.
A Revolução Cubana conseguiu eliminar o analfabetismo do seu território, como também conseguiu oferecer ao seu povo educação de alto nível e um atendimento médico-hospitalar universal, dando ênfase à medicina preventiva.
Na área esportiva os atletas cubanos passaram a se destacar nas disputas internacionais, basta ver o resultado do último pan-americano (2011) realizado no México. Dança, música, balé, cinema, são manifestações culturais de destaque na ilha.
Além da solidariedade internacional com a presença, em diversos continentes, de médicos e professores cubanos, com isso levando o conforto a populações desprovidas de qualquer condição econômica, agora mesmo, no Haiti com um grande número de pessoal da área da saúde.
A minha primeira viagem a Cuba foi em dezembro de 1988, na época eu era reitor da Uern, fui a convite da Universidade de Havana. Fui ver de perto a Ilha que desafiava o poderoso Tio San, era um sonho que eu estava realizando.
Cuba estava no meu imaginário de adolescente como a utopia concretizada e eu precisava ver o resultado da Revolução.
Não me decepcionei, muito pelo contrario, voltei consciente da força de um povo e, mais confiante no socialismo.
Em maio de 2011 estive novamente em Cuba, queria ver como estava o país com o fim do bloco socialista do leste europeu, bloco que amenizava os efeitos do bloqueio econômico e, sem Fidel no governo.
Mesmo com todas as dificuldades imposta pelas limitações das riquezas naturais, pelas intempéries da natureza (os furacões), pela força brutal de um bloqueio econômico imposto pela mais poderosa nação do mundo contemporâneo, os Estados Unidos da América, Cuba vai bem.
Vi de perto a democracia socialista, ainda limitada pela pressão externa e pelo Estado de guerra permanente.
Cuba é uma fortaleza sitiada, portando ameaçada a todo o momento pelo inimigo, sofrendo atos terroristas dos grupos de mafiosos cubanos que se exilaram em Miami, contando com a complacência e o apoio irrestrito do governo norte-americano que faz vista grossa, com isso permitindo atos terroristas no solo cubano, com o objetivo de enfraquecer uma das principais atividades econômicas da Ilha, o turismo.
Ao completar, no dia 13 de agosto, 86 anos de vida, ele nasceu em 1926, mesmo com a saúde fragilizada, Fidel continua lúcido, colocando através dos seus artigos a sua experiência a serviço da humanidade.
Fidel continua amado pela maioria do seu povo, é o grande exemplo de amor à pátria e a humanidade, uma figura singular na história do nosso continente. Claro que não sei até quando Fidel vai viver, espero que ainda por muito tempo, mas de uma coisa tenho certeza, ele já colocou o seu nome no panteon dos grandes lideres da humanidade.
Fonte: Portal Vermelho